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Ações TOKENIZADAS: Oportunidade real ou promessa exagerada

12/12/2025


A tokenização de ações é candidata a se tornar uma das próximas grandes ondas do mercado financeiro porque ataca, de frente, três fricções históricas do mercado de capitais: liquidez, acesso e custo operacional. O ponto decisivo não é “se” a tecnologia funciona, e sim “como” lastro, custódia, governança e regulação serão estruturados para sustentar valor real.

A discussão sobre ações tokenizadas deixou de ser apenas um debate tecnológico e passou a ser um tema de arquitetura de mercado. Em termos práticos, estamos falando de como empresas podem captar recursos com mais flexibilidade e como investidores podem acessar participações econômicas com mais eficiência.

O interesse institucional cresce justamente porque o modelo promete ganhos de mercado em escala, mas exige um pilar inegociável: segurança jurídica. Sem clareza sobre a natureza do token, os direitos do investidor e a forma de custódia, a liquidez “prometida” vira risco.

Por isso, o que separa uma onda sustentável de um ciclo especulativo é infraestrutura. A tokenização de ações só vira mercado quando existe governança, compliance, rastreabilidade e processos de liquidação compatíveis com exigências regulatórias.

Por Bruno Leite — Especialista em Ativos Judiciais e Sócio da L4 Core.

Conteúdo da Postagem:

A expectativa em crescimento: por que tantos olhos se voltam para ações digitais

O mercado observa ações tokenizadas porque elas prometem resolver gargalos do modelo tradicional: acesso limitado, custos de backoffice altos, janelas de negociação e fricções de liquidação. O conceito é simples: transformar a “participação” em uma representação digital negociável, programável e rastreável.

Em muitos modelos, o token busca representar economicamente uma ação real; em outros, ele oferece exposição indireta via estruturas de lastro alternativas (por exemplo, veículos dedicados). Essa diferença é crucial para o valuation e para o risco.

A consequência é direta: quando há padronização de lastro e governança, o mercado tende a reduzir o desconto por opacidade. Quando não há, o mercado adiciona prêmio de risco e limita a adoção institucional.

Entendendo o interesse: o que significa tokenização de ações na prática

Tokenização de ações é a conversão (ou representação) digital de ações ordinárias ou preferenciais em tokens registrados em infraestrutura blockchain, com regras de emissão, custódia, compliance e eventos corporativos definidas desde o desenho do produto.

Diferente da negociação tradicional em bolsa, o ativo digital pode operar em ambientes digitais customizados, com regras programáveis de negociação, restrições de elegibilidade, governança e rastreabilidade. O ganho não está apenas na “velocidade”, mas na redução de falhas operacionais e na previsibilidade do ciclo de vida do ativo.

A promessa central: liquidez e acesso amplo para ativos corporativos

A principal promessa do modelo é a liquidez: fracionamento e negociação com menor atrito. No mercado tradicional, a liquidez é um atributo caro; ela depende de infraestrutura, participantes, regras e confiança. Em tokenização, o objetivo é reduzir custo transacional e ampliar acesso, sem abrir mão de compliance.

Além disso, a tokenização permite programar governança (direitos e restrições), distribuição de proventos e rastreabilidade de eventos. Quando bem implementado, isso reduz custo de auditoria, retrabalho e dependência de múltiplos intermediários operacionais.

A ação tokenizada só vira “ativo de mercado” quando o investidor entende claramente o que está comprando: se é participação acionária real, exposição econômica indireta ou um produto híbrido. Valor e liquidez nascem da clareza — e a clareza nasce do desenho jurídico e operacional.

— Bruno Leite, L4 Core

Ganhos reais: O impacto para diferentes players

A tokenização de ações pode criar ganhos para emissores e investidores, mas esses ganhos variam conforme o desenho do produto, o grau de lastro, a governança e o ambiente regulatório.

Para empresas: Captação alternativa e governança programável

Empresas (inclusive não listadas) enxergam na tokenização uma rota alternativa para captação, com potencial de reduzir fricção de distribuição e automatizar processos que hoje dependem de backoffice pesado.

  • Emissão com maior flexibilidade e potencial redução de custo operacional;
  • Regras de liquidez programadas (quando aplicável);
  • Automação por smart contracts para eventos e rotinas;
  • Rastreabilidade e auditoria com menor atrito;
  • Ampliação potencial de base de investidores (conforme elegibilidade).
Para investidores: Diversificação e novos acessos

Do lado do investidor, o benefício pode ser acesso a emissões e estruturas antes restritas, além de flexibilidade de negociação quando existir mercado secundário funcional.

  • Acesso a mais emissores e teses;
  • Fracionamento e tickets menores (quando permitido);
  • Rastreabilidade e transparência operacional;
  • Menor custo transacional em alguns modelos;
  • Possibilidade de negociação mais contínua, quando houver liquidez.

Alerta L4 Core – o risco mais ignorado em ações tokenizadas

  • Nem todo “token de ação” é ação: pode ser exposição indireta, e isso muda o risco;
  • Sem lastro e custódia auditáveis, o token pode perder aderência econômica ao ativo;
  • Regulação, elegibilidade e KYC/AML definem se o produto escala ou trava.

Comparativo: ação tradicional vs ação tokenizada

Critério Ação tradicional Ação tokenizada
Negociação Regras e janelas da bolsa Potencial de ambientes digitais e regras programáveis
Liquidez Alta em ações líquidas; baixa em mercados privados Depende do mercado secundário, lastro e adesão de participantes
Custódia Infraestrutura tradicional Exige desenho robusto de custódia e controles de chave/registro
Transparência operacional Relatórios e intermediários Rastreabilidade maior quando há registro on-chain e auditoria
Risco jurídico Bem definido Variável: depende do modelo (equity real vs exposição indireta)

Superando os obstáculos: os pontos críticos para a ação tokenizada decolar

Apesar do potencial, a tokenização de ações ainda enfrenta desafios de escala. O principal é alinhar inovação com conformidade: regras claras, proteção ao investidor e padronização operacional.

O desafio não é só técnico. É de confiança. Sem confiança institucional, não há mercado profundo. E sem mercado profundo, não há liquidez consistente.

O vazio regulatório e a busca por regras claras

A tokenização de ações exige diretrizes específicas sobre emissão, negociação, custódia, elegibilidade e divulgação. Em ambientes onde a regulação ainda não está madura, os emissores tendem a adiar iniciativas, e investidores institucionais tendem a esperar.

No Brasil, iniciativas de ambiente experimental e discussões sobre enquadramento de tokens como valores mobiliários ajudam a organizar o terreno, mas a evolução depende de diálogo contínuo entre mercado e reguladores.

A complexidade da infraestrutura: como garantir segurança e rastreabilidade

A infraestrutura para tokenizar ações vai além de emitir tokens. Ela precisa unir compliance (KYC/AML), custódia, governança, trilhas de auditoria, gestão de eventos corporativos e integração com fluxos financeiros. É isso que diferencia “prova de conceito” de mercado operacional.

Sem esses pilares, surgem distorções: diferença entre preço do token e do ativo, falhas de liquidação, risco de custódia e incerteza sobre direitos econômicos e políticos.

O diálogo contínuo: mercado e reguladores moldando o futuro

A adoção em massa depende de maturidade regulatória e de soluções tecnicamente robustas. Sandboxes, autorregulação e testes supervisionados são instrumentos naturais dessa transição.

O mercado que liderar será aquele que apresentar modelos replicáveis, auditáveis e compatíveis com o nível de governança exigido por capital institucional.

Estudos de Caso L4 Core – Exemplos práticos

Estudo de Caso 1 – Emissão tokenizada para captação controlada
  • Contexto: Empresa em crescimento busca captação sem caminho tradicional imediato de bolsa;
  • Desafio: Viabilizar acesso a investidores elegíveis com governança e previsibilidade;
  • Diagnóstico L4 Core: Produto precisa de regras claras de elegibilidade, custódia e eventos corporativos;
  • Plano de ação: Estruturar governança do token, compliance, custódia e trilha de auditoria;
  • Resultado: Captação com desenho mais eficiente e redução de risco operacional percebido.
Estudo de Caso 2 – Mercado secundário e o desafio da liquidez real
  • Contexto: Ativo tokenizado com base de investidores pulverizada;
  • Desafio: Criar liquidez consistente sem distorção de preço e sem fragilizar compliance;
  • Diagnóstico L4 Core: Liquidez depende de market design, governança e regras de negociação;
  • Plano de ação: Definir janelas, critérios de elegibilidade, transparência e mecanismos de formação de preço;
  • Resultado: Redução de volatilidade artificial e melhora na aderência do preço ao valor econômico.
Estudo de Caso 3 – Token “parecido com ação” e risco de expectativa
  • Contexto: Produto promete exposição a empresas, mas com estrutura de lastro indireto;
  • Desafio: Evitar ruído de comunicação e risco jurídico por desalinhamento de expectativas;
  • Diagnóstico L4 Core: A clareza do direito econômico é parte do valuation e da proteção do investidor;
  • Plano de ação: Padronizar disclosure, governança e trilhas de auditoria; reforçar transparência contratual;
  • Resultado: Redução de risco reputacional e aumento da confiança do investidor elegível.

FAQ – principais dúvidas sobre tokenização de ações

A ação tokenizada é sempre uma ação “de verdade”?

Não necessariamente. Dependendo do modelo, o token pode representar participação acionária real ou apenas exposição econômica indireta, e isso altera o risco e o valuation.

Tokenização garante liquidez 24/7?

Não. O 24/7 é uma capacidade técnica, mas a liquidez real depende de mercado secundário, participantes, governança e compatibilidade regulatória.

O investidor recebe dividendos automaticamente?

Pode receber, desde que o produto seja estruturado com regras claras e mecanismos programáveis para eventos corporativos, respeitando o desenho jurídico do ativo.

Quais são os maiores riscos para o investidor?

Risco de lastro (o que o token realmente representa), risco de custódia, risco regulatório e risco de liquidez (não conseguir vender quando quiser).

Por que instituições olham com mais cautela?

Porque capital institucional exige previsibilidade jurídica, trilhas de auditoria, governança e controles de compliance consistentes antes de escalar alocação.

No Brasil isso já é possível?

Há iniciativas e evoluções regulatórias, mas a viabilidade depende do enquadramento do produto, do desenho jurídico e da autorização/estrutura aplicável ao caso.

O que define se esse mercado vira “a próxima onda”?

A combinação de regulação clara, infraestrutura de custódia e governança, e produtos com lastro e disclosure transparentes o suficiente para atrair liquidez institucional.

Como a L4 Core pode apoiar seus investimentos

A L4 Core atua como plataforma estratégica para estruturação, oferta e distribuição de ativos judiciais tokenizados, conectando investidores e empresários a oportunidades seguras e organizadas.

Para investidores
  • Investimentos disponíveis em ativos judiciais (precatórios e RPVs) tokenizados;
  • Estrutura com governança e transparência para análise e tomada de decisão;
  • Oportunidades organizadas para diversificação com foco em previsibilidade.
Para empresários
  • Possibilidade de disponibilizar ativos judiciais tokenizados para inclusão na plataforma de investimentos da L4 Core;
  • Organização do ativo para distribuição a investidores elegíveis, com foco em governança e liquidez;
  • Estruturação orientada a previsibilidade jurídica e eficiência operacional.

Prepare-se para a próxima onda com governança e clareza

Se a tokenização de ações vai liderar a próxima grande onda, o diferencial será infraestrutura, lastro e compliance. Estruture com previsibilidade e visão de mercado.

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