A Receita Federal anunciou, em 1º de dezembro de 2025, o adiamento da obrigatoriedade de preenchimento dos campos do IBS e da CBS nas notas fiscais — mudança que estava prevista para iniciar já em 1º de janeiro de 2026. A decisão elimina o risco imediato de rejeição automática de documentos fiscais por ausência dos novos tributos e transforma 2026 em um ano oficial de testes da Reforma Tributária do Consumo.
O adiamento foi amplamente recebido como um alívio para empresas, contadores e profissionais fiscais, que há meses alertavam sobre o curto prazo para adaptação, dada a complexidade do novo modelo tributário. Segundo comunicado conjunto da Receita Federal e do Encat, o preenchimento dos campos de IBS e CBS “deve ser feito quando possível”, mas não será obrigatório até que nova data seja estabelecida.
Por Thiago Leite — Especialista em Inteligência Tributária e Sócio da L4 Taxx.
Contexto: Por que o preenchimento de IBS e CBS seria obrigatório em 2026
O início de 2026 marcaria a primeira fase operacional da Reforma Tributária do Consumo, na qual:
- Campos de IBS e CBS seriam exigidos nos documentos fiscais;
- A emissão de NF-e, NFC-e, CT-e, NF3e e demais modelos passaria a incluir os novos tributos;
- Testes de consistência e validação seriam realizados em ambiente real.
Na prática, isso exigiria que milhares de empresas e suas equipes fiscais já tivessem ajustado suas matrizes tributárias, parametrizações e rotinas de cálculo para contemplar os novos tributos.
A decisão da Receita Federal e do Encat
No comunicado conjunto, os órgãos afirmam que:
- Não haverá rejeição automática por ausência de IBS e CBS nos documentos fiscais;
- 2026 será um ano de “adaptação, testes e amadurecimento” do novo sistema;
- A obrigatoriedade será definida apenas em “implementação futura”, sem data.
Ou seja: continua recomendável informar os campos quando possível, mas a falta dessa informação não invalida o documento fiscal.
Impactos para empresas e profissionais fiscais
O adiamento altera profundamente o planejamento das empresas, trazendo efeitos imediatos:
- Redução de risco operacional para a emissão de NF-e/NFC-e no início de 2026;
- Adiamento de ajustes urgentes em classificações tributárias e modelos de cálculo;
- Mais tempo para revisar cenários de IBS, CBS e Imposto Seletivo (que terá vigência em 2027);
- Alívio para contadores e equipes fiscais, que enfrentariam adaptação simultânea dos novos tributos.
Comparativo: Como seria 2026 antes e depois da decisão
| Aspecto | Cenário original (antes do adiamento) | Novo cenário (após o adiamento) |
|---|---|---|
| Obrigatoriedade de IBS/CBS nas NF | 01/01/2026 | Sem data definida |
| Risco de rejeição de documentos | Alto | Zero |
| Foco de 2026 | Operação obrigatória | Ano de testes e ajustes |
Alerta L4 Taxx – O adiamento não significa pausa na preparação
A suspensão da obrigatoriedade não elimina a necessidade de preparação. Pelo contrário: amplia a janela estratégica para que empresas revisem:
- Classificação tributária e enquadramentos atuais;
- Tratamento de benefícios fiscais e sua transição para IBS/CBS;
- Estruturas de apuração e cruzamento de dados que serão usadas a partir de 2027;
- Modelos de impacto tributário e cenários de transição.
Em síntese: o adiamento reduz riscos imediatos, mas exige visão estratégica de médio prazo.
Análise técnica — Thiago Leite
“A decisão da Receita Federal ajusta expectativas e elimina uma pressão operacional importante para 2026. No entanto, as empresas não podem interpretar o adiamento como uma suspensão da Reforma. O novo modelo de tributação está definido: o que muda é o ritmo da obrigatoriedade.
O período adicional deve ser usado para consolidar classificações, revisar benefícios e construir a base tributária que sustentará IBS e CBS na fase obrigatória.”
– Thiago Leite, L4 Taxx
Estudos de Caso L4 Taxx – Usando 2026 como ano de preparação estratégica
Estudo de Caso 1 – Comércio varejista
- Contexto: milhares de produtos e grande dependência de NF-e/NFC-e.
- Desafio: risco operacional elevado com IBS/CBS obrigatório.
- Diagnóstico L4 Taxx: análise de classificação tributária e regimes.
- Plano de ação: priorização de itens críticos e revisão de categorias fiscais.
- Resultado: redução de inconsistências e base sólida para 2027.
Estudo de Caso 2 – Indústria com benefícios fiscais
- Contexto: operações complexas com incentivos estaduais e federais.
- Desafio: transição sensível para o IBS e a CBS.
- Diagnóstico L4 Taxx: mapeamento de benefícios e impactos futuros.
- Plano de ação: construção de matriz de enquadramento para novo regime.
- Resultado: previsibilidade tributária e mitigação de riscos.
Estudo de Caso 3 – Grandes prestadores de serviço
- Contexto: forte dependência de NF-e/NFS-e.
- Desafio: adequar parâmetros de ISS/ICMS ao futuro IBS.
- Diagnóstico L4 Taxx: revisão da matriz atual e impactos de transição.
- Plano de ação: reorganização da classificação fiscal de serviços.
- Resultado: visão estruturada para fase obrigatória.
FAQ – Principais dúvidas sobre o adiamento de IBS e CBS nas Notas Fiscais
IBS e CBS deixaram de existir?
Não. A Reforma permanece integralmente válida. O que foi adiado é a obrigatoriedade de preenchimento nas notas fiscais.
Posso continuar emitindo NF sem os campos de IBS e CBS?
Sim. Documentos fiscais não serão rejeitados por ausência desses campos até nova definição oficial.
O preenchimento “quando possível” é obrigatório?
Não é obrigatório, mas recomendável para empresas que já estejam testando suas matrizes tributárias.
A obrigatoriedade pode voltar em 2026?
Sim. Uma nova data será definida pela Receita e pelo Encat — potencialmente ainda em 2026.
O Imposto Seletivo entra nessa decisão?
Não diretamente, mas ele integra o mesmo ambiente normativo da transição para IBS/CBS a partir de 2027.
Empresas devem parar os ajustes internos?
Não. O adiamento dá mais tempo para organizar matrizes tributárias e revisar classificações.
Como a L4 Taxx pode ajudar nesse período?
Com análises de enquadramento, simulações de IBS/CBS, revisão de benefícios e construção de cenários tributários para 2027.
Fontes oficiais e referências técnicas: Comunicados da Receita Federal e Encat (01/12/2025); diretrizes de implementação dos novos tributos da Reforma do Consumo.
Como a L4 Taxx pode apoiar sua empresa?
A L4 Taxx apoia empresas na compreensão dos impactos tributários da Reforma do Consumo e no preparo para a obrigatoriedade futura de IBS/CBS.
Revisão tributária de produtos e serviços
- Mapeamento de riscos e inconsistências em classificações atuais.
- Análise de regimes especiais e incentivos aplicáveis.
Construção de cenários de impacto
- Modelagem de efeitos de IBS, CBS e Imposto Seletivo para 2027.
- Simulações para cadeia de valor e precificação.
Preparação para o ambiente obrigatório
- Avaliação de impactos em documentos fiscais.
- Estruturação de matrizes e diretrizes de transição.
Quer usar 2026 para preparar sua empresa para IBS e CBS?
A L4 Taxx apoia sua equipe na revisão tributária, simulações de impacto e construção de matrizes estratégicas para a fase obrigatória.
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